Atendendo pedido do Exército Brasileiro, que realiza uma ação humanitária em Roraima, acolhendo venezuelanos que estão fugindo de seu país, que enfrenta uma grave crise econômica, com acentuado crescimento da pobreza, inflação, criminalidade e fome, a Podium Alimentos contratou um funcionário que deixou a Venezuela para tentar reiniciar sua vida no Brasil. Ele está em Paranavaí desde a semana passada e deve começar a trabalhar nesta quarta-feira (27), assim que seus exames admissionais ficarem prontos.
O Exército tem abordado empresas que adotaram práticas de responsabilidade social. A Diretoria da empresa aprovou de pronto a contratação de um venezuelano e assim a Podium se cadastrou na Operação Acolhida, que é realizada pelo Exército junto com a ONU. Um banco com mais de 150 currículos foi disponibilizado para a indústria. Foram entrevistados 15 candidatos, via skype. E o selecionado foi Yovanny Rafael Gonzalez Mendes, 29 anos, engenheiro de gás. “É um jovem bastante inteligente e interessado, em seu país foi supervisor de segurança industrial. Acho que ele vai se dar bem aqui”, avalia Lucas Barone de Oliveira, do Departamento de Recursos Humanos.
O transporte do venezuelano até Paranavaí foi de responsabilidade do Exército e aqui a empresa banca o hotel até o seu primeiro salário. Ele será registrado e terá todos os direitos e deveres dos demais funcionários. Vai começar trabalhando como auxiliar de produção.
Yovanny Gonzalez está no Brasil desde 10 de fevereiro e o único emprego que conseguiu neste período em Roraima foi uma diária como servente de pedreiro, ainda assim foi explorado. Foi contratado por 20 reais. À tarde, após o serviço, percebeu que seus companheiros que fizeram o mesmo trabalho receberam 80 reais e só ele recebeu 20 reais.O motorista que o trouxe de Maringá para a Podium conhecia a indústria e contou que ele entraria numa empresa boa, diferente. Ao chegar na empresa, por volta das quatro horas da madrugada, o responsável pelo RH estava a sua espera – que nestes casos são incomum. O motorista falou que a recepção já fora diferenciada. Normalmente os estrangeiros que chegam de madrugada em outras empresas esperam até ela abrir no outro dia para ser atendido.A adaptação do venezuelano na sua nova vida terá o apoio de toda a equipe, que já está orientada neste sentido.Mas de forma especial contará com a ajuda de pelo menos de quatro funcionários. São os haitianos que, também fugindo da fome e da violência de seu país, vieram para o Brasil em busca de dias melhores e hoje trabalham na Podium.O haitiano Estephene Jermain, que cuida do paisagismo da indústria e depois que foi admitido trouxe sua esposa e com a ajuda da Podium, conseguiu trazer também os filhos e o sogro, já se colocou à disposição. “Agora é hora de eu retribuir, ajudar como fui ajudado”, sentenciou ele.
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